quinta-feira, 27 de março de 2008


FALAR DO MAR

É FALAR DAS PALAVRAS
NÃO DITAS.
DOS GRITOS SUFOCADOS
DAS LAGRIMAS Q NÃO CAEM
DOS RISOS LARGOS
QUASE NUNCA ESCONDIDOS
ELE SEMPRE PARCEIRO DAS NOSSAS ANGUSTIAS
E TÃO LEMBRANDO NOS AGRADECIMENTOS


ÁVILA

quarta-feira, 19 de março de 2008

Pretos e lisos
ainda são os seus cabelos
sempre tivera este olhar
firme e delicado
como o do próprio
guerreiro sábio
que és
pele dourada
sobre ela acessórios
penagem, de madeira
e outras coisas vindas
da Natureza
Sorriso discreto
calmo.
Ele é um velho nativo
Zoró
"Pangygej"


Esperança
Nas terras nativas
Conhecendo
Cuiabá- MT
2007
Ensaio Poético: Roselí Araújo
Fotos: Ademir Rodrigues

quinta-feira, 13 de março de 2008

"Num tempo desses"



Sempre ficava mirabolando na minha "caixola" textos, imagens; maneiras de imprimir artisticamente o que sentia. Na infância me empiriquetava com os acessorios da minha mãe ou mesmo o tênis gigante do meu irmão e já ia correndo me exibindo toda querendo ser fotografada. Eram casamentos realizados com pobres gatinhos de casa, espetáculos e shows no quintal com a mulecada da rua. Vivia ensaiando poemas. Ora eu era uma famosa poetisa, por outras uma jornalista que lia seus textos críticos sobre tudo que estava acontecendo com o mundo. Eu era uma garota antenada! Oh, assistia todos os dias o Jornal Nacional na poltrona do papai! Também pudera, ai de quem desse um piu na hora do jornal, logo ia sair correndo de medo com o "sutil" pedido de silêncio aos berros de meu pai.(...) Assim que comecei a estudar queria ser bailarinha, dançarina ou algo do tipo, era uma agonia, pra tudo que era música inventava coreográfia, mas voltava das aulas de dança cantarolando...ah e aí pronto, já sabia o que queria, ser uma cantora, não precisava nem de banda, minhas amigas e eu aprenderíamos tocar todos os instrumentos, não deveria ser muito dificil aprendê-los!!!(Era o que eu pensava). Depois, sería tradutora, atriz quando descobri teatro, freira para dar um sentido espiritual a minha vida e viajar pelo mundo, e por aí vai.Não eram só brincadeiras, no momento em que eu sonhava com cada um dos planos, eu me inspirava e me comportava para atingi-los. O incrivel é que hoje, quando paro para pensar nessas meninas todas de mim, vejo que elas me conduziram para que na minha adolescência eu fosse tudo e mais um pouco, buscando essas experiências. Sempre me permitindo viver o que alimentava minha vida: SONHOS. Para alguns, talvez tenha sido coisa de "adolescente que não sabia o que queria". Como pode fazer teatro, cantar, ser do grêmio da escola, inventar de brincar de aprender violão e violino, uma hora é curso de Turísmo, outra ADM, depois Terapias...querer ir para Cuba, viajar pelo Brasil desembestada em projetos e idéais?! Outros ainda, "isso é coisa de gêminiano, não consegue ficar quieto num projeto fixo"!!! ...Prefiro pensar que esse transitar em sonhos, planos e desejos são o que "colorem" minha alma, meu geito de aceitar a diversidade e a limitação de tudo que me cerca, já que eu mesmo sou tão diversa. Tantos quêreris é não se conhecer?! Não saber para onde vai?! Embutidas na Roselí jovem, talvez adulta, não. Seguir vivendo assim, é recriar possibilidades todos os dias. Sempre acreditar que tudo que pensarmos pode se realizar, sempre se realizam, mesmo que por pouco tempo, ... focamos outras coisas!!! ... A história ou estórias segue, todos os dias quando acordo e planejo novas descobertas e aventuras...E agora, com novas inquietudes, me preparo para sair do Brasil novamente e ir ao Peru... mas isso é outra história que conto com a equipe sudamerica no blog .

www.imeviolao.blogspot.com