quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O Tema:"O trabalho na construção da dignidade humana"... tentei!

Sete de novembro de 2010, os princípios da escravidão do corpo e da alma manifestam-se na desigualdade social, na ausência de oportunidades; quando não se estabelece políticas públicas efetivas de combate à pobreza, acesso à educação de qualidade e profissionalização,no Brasil. Outrora, ainda no séc. XVII, utilizara-se o discurso religioso católico de não se possuir alma, para (escravizar)utilizar como mão de obra, através da exploração, povos nativos (chamados indígenas) e negros (africanos). Hoje, sob as vestes do capitalismo econômico, onde tudo está justificado pela obtenção de lucro e acumulo de "riqueza", onde a lei "democrática", garante a igualdade de direitos, sem distinções de raça e/ou etnia, o que devería superar os discursos e práticas de exclusão, seres humanos permanecem à parte, à margem, fora, enquanto exercício de cidadania, da sociedade.

Há mais do que extrema necessidade; há urgência em se conceber o ser humano holisticamente. Isso para além da concepção de vida, deve estar atrelado a um novo modo de conceber o convívio dentre e entre as nações. Individualmente e coletivamente.É a indiocicrasia, a diversidade cultural, identitária, a equidade entre os gêneros, a mudança dos paradigmas das relações de poder pela construção de relações afetivas sintonizadas no equilibrio, na fraternidade e igualdade de acessos, que permitirão construirmos uma sociedade, onde alguém não seja discriminado por ser negro-índio, mulher, homossexual, adepto do Candomblé (religião de matriz Africana), porque essa sociedade terá modificado seu pilar de lógica de superioridade e exploração para bem comum. O que inclui a relação com a natureza e sua preservação. Nesse momento, a mudança de estrutura fará do exercício do trabalho, para qualquer individuo, geração real de condições materiais de existência. Enquanto houve lógica de superioridade, mesmo sem patrões, haverá desigualdade, se não na nação que estiver em ascensão econômica, em outro território, como reflexo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Poderia dizer que a vida é bela, e muito,
e que a revolução caminha
com pés de flor
...mas não.
O poeta mente.
A vida
nós amassamos
em sangue e samba
enquanto gira inteira a noite
sobre a pátria desigual.

(Ferreira Gullar)